‘Verão Laranja’: Usuárias compartilham suas experiências de enfrentamento do Câncer de Pele
- Porto Alegre
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- 04/01/2024
Nesta edição, o Informe Acreditar reuniu as usuárias da Aapecan Porto Alegre, Maria Lemes Mayer, de 71 anos, natural de Vera Cruz, Maria de Lourdes da Cunha Cardoso, de 69 anos, natural de Santo Antônio da Patrulha e Vera Lucia Almeida da Silva, de 38 anos, natural de Porto Alegre, para um alerta: os cuidados com a pele são importantes ao longo do ano todo, mesmo em dias nublados e chuvosos.
Os primeiros sinais
A descoberta de um Câncer é acompanhada de muitas dúvidas por parte da pessoa diagnosticada e isso aconteceu com as três usuárias. Até então, acreditavam ter apenas uma ‘mancha’ na pele, que poderia ser tratada com uma pomada. No entanto, a marca além de aumentar o tamanho e mudar a coloração, surgiu em outras partes do corpo gerando desconfiança.
Em entrevista, Maria de Lurdes e Maria Lemes relatam que a demora por um diagnóstico foi agonizante ao notarem as mudanças em seus corpos e não entenderem o motivo: “Fiquei durante quatro meses de médico em médico, sem um diagnóstico concreto e toda vez que olhava para aquela manchinha avermelhada aumentando no meu peito, ficava apreensiva, pensando o pior. Quando soube que estava com Câncer de Pele após uma biópsia, não fiz nada além de chorar”, relata Maria de Lourdes.
A busca pelo autoconhecimento
Vera Lucia, ressalta o quão prejudicial para sua saúde mental foi adquirir o hábito de pesquisar sobre os sintomas na internet, realizando muitas vezes um autodiagnóstico com informações de fontes não oficiais.
A notícia do Câncer revelou a maior fragilidade sentida de imediato: a falta da perspectiva de um futuro e a mudança de planos pessoais para ela, familiares e amigos próximos.
Vera relembra que ficou tão confusa que no primeiro momento não sabia explicar como uma mancha até então inofensiva, tinha originado uma doença que carrega em si o estigma de ser incurável: “Recebi o diagnóstico no auge da pandemia, enquanto estava isolada de todos. Só pedia para Deus que me deixasse viva para poder ver o meu filho crescer”, comenta.
Ao fazer uma retrospectiva de tudo o que passou desde o diagnóstico até a atualidade, em que ainda trata a doença, Vera enfatiza a importância de olhar mais para si mesma antes de abraçar o cuidado dos pais, irmãos, filhos e amigos. Isso tudo, em um exercício diário de autoconhecimento e autocuidado para se manter em equilíbrio.
Cuide-se no dia a dia
Maria Lemes conheceu a Aapecan quando a sua filha, Marilda Cristiane Lemes de Almeida, foi diagnosticada com Câncer e logo após, acolhida na Unidade Porto Alegre. “Jamais imaginaria que depois da minha filha, eu me tornaria usuária. Me sentia em casa antes, imagina agora”, relata.
Ela conta que mesmo antes de estar com Câncer e frequentar a Aapecan como acompanhante, sabia que precisava manter uma rotina de cuidados preventivos, mas, alegava não ter tempo para si: “Estava tão preocupada em cuidar da casa, do marido, dos filhos e dos netos que me deixei de lado. Não tive tempo para cuidar de mim, tive que ter para cuidar da doença”.
Apesar disso, foi a partir do diagnóstico que resolveu mudar a sua vida, aproveitando ao máximo cada momento, se cuidando e se amando cada vez mais. O mesmo ocorreu com Maria de Lourdes e Vera Lucia, mantendo uma rotina que inclui usar chapéus e bonés, óculos solar, protetor com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30 e o hábito de buscar sombras durante os deslocamentos ou permanência em áreas mais ensolaradas: “Se antes dizia que me cuidava, agora me cuido em dobro, todos os dias”, comenta Maria de Lourdes.