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Uma nova chance para o olhar da própria história: usuária Tatiana dos Reis

A oportunidade de visualizar um novo sentido à própria história é uma das maiores conquistas, e um dos grandes desafios dos usuários da Aapecan que finalizam o tratamento oncológico com êxito, reconquistando a possibilidade de vivenciar conscientemente as mais simples tarefas diárias.

A pausa na rotina em prol dos procedimentos contra o Câncer impactou a vida da enfermeira Tatiana dos Reis, 40 anos, natural de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, quando recebeu o diagnóstico da neoplasia de Mama, em 2019. Ela precisou solicitar licença do trabalho para se dedicar ao tratamento que durou cerca de um ano, e que incluiu quimioterapia, cirurgia e radioterapia.

Foto: Ligia Leal

Esse momento é contado com emoção ao relembrar sobre as dificuldades em aceitar a nova realidade: “posso dizer que meu mundo desabou. Eu questionava muito o porquê de tudo. Por trabalhar na área da saúde, estava
preparada para cuidar do outro, mas de repente, me vi como uma paciente”, relata Tatiana.

Durante o processo, a usuária da Associação recebeu apoio de familiares e amigos, e também contou com o atendimento da equipe técnica da Unidade da Aapecan Santa Maria, formada por assistentes sociais, psicóloga e nutricionista. Além disso, também participou dos grupos de apoio na entidade, onde teve a oportunidade de conhecer outras mulheres que enfrentavam o mesmo desafio.

Apesar das dificuldades, a vontade de viver e retomar a rotina foram essenciais para adquirir força e finalizar o tratamento: “posso dizer que o Câncer não foi o fim, e sim, uma nova chance de viver”.

Para a psicóloga da Aapecan Santa Maria, Ana Laura de Oliveira, após a finalização dos procedimentos é comum que as pessoas relatem a ressignificação do olhar para a vida, e até mesmo, a valorização de simples
conquistas: “o ato de acordar e respirar torna-se algo intensamente especial, bem como, retomar aos poucos às atividades que as possibilitem sentir prazer e alegria, tornando esse tempo o recomeço e o combustível para a vida”, comenta a profissional.

Em processo de pós-tratamento, Tatiana tem a oportunidade de voltar às atividades cotidianas, como o trabalho, que no momento, ocorre dentro do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM), mesma instituição onde também já foi atendida.

O apoio psicológico após o tratamento
De acordo com Ana Laura é importante manter o acompanhamento psicológico, visto que a área busca acolher pessoas não somente a doença. Para Ana Laura, é essencial manter presente a identidade do usuário bem como, seus desejos, anseios e sentimentos. “O atendimento psicológico visa manter o bem-estar mental do usuário, identificando e compreendendo os fatores emocionais que possam intervir na sua saúde, além das angústias, preocupações e medos individuais”, aponta.

A Aapecan oferece acompanhamento com psicólogos nas 14 Unidades da Associação de forma gratuita. Entre em contato com a Unidade mais próxima.

Fotos: Ligial Leal Fotografia

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