Apoio aos atingidos pelas enchentes e o recomeço da Aapecan Lajeado e Porto Alegre
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- 04/07/2024
O início do mês de maio foi marcado pelo sofrimento do povo gaúcho após a tragédia climática, que impactou mais de 400 municípios, afetando mais de 2 milhões de pessoas, conforme dados da Defesa Civil.
Sinônimo de acolhimento e esperança, a Associação de Apoio a Pessoas com Câncer (Aapecan) enfrentou as consequências das chuvas nas Unidades de Lajeado e Porto Alegre. Ambos os espaços, destinados ao serviço de acolhimento provisório de pessoas com Câncer e seus familiares, foram alagados.
Alagamentos na Aapecan
Em Lajeado, uma das cidades mais atingidas no Estado, a água cobriu a Casa de Apoio. Reinaugurada em abril do ano passado, a Unidade teve perda total em seus espaços. Ainda, parte dos usuários atendidos também tiveram suas casas invadidas pela água.
Na capital, o alagamento ocorreu no térreo da casa, causando perdas em diversos ambientes, incluindo despensa de alimentos, brechó e salas de atendimento. Por mais de 20 dias, a Unidade permaneceu com água, gerando prejuízos também aos equipamentos eletrônicos.
O desafio de recomeçar
A Organização se mantém com doações da comunidade e enfrenta o desafio de muitos gaúchos em recuperar suas casas e retomar – de forma presencial – o acolhimentos às pessoas em tratamento.
A coordenadora do setor de captação de recursos de Lajeado, Viviane Oliveira, relata que parte dos contribuintes da instituição foram atingidos pela tragédia no Vale do Taquari. Alguns deles, pela segunda ou terceira vez, tornando ainda mais desafiador a mobilização de doações: “Entendemos a situação e explicamos a necessidade de apoio de um longo tratamento dos nossos usuários, pois muitos deles também foram atingidos pelas enchentes. A importância de cada doação faz a diferença.”
Apesar das dificuldades, a dor e a angústia deram espaço para a solidariedade e a esperança de um novo recomeço. O coordenador da Unidade Porto Alegre, Claudio Ciusz, diz: “Foi um momento muito difícil não somente para nós, mas para o povo gaúcho. Porém, com a ajuda de muitas pessoas do bem, o espaço foi limpo e aos poucos vamos reconstruir o que foi perdido”, salienta.
Prioridade é atender
Nas outras 13 Unidades da Associação, não atingidas diretamente pelas enchentes, os atendimentos aos usuários continuaram em sua totalidade, incluindo os acolhimentos sociais e psicológicos. Mas também, voltaram sua atenção e cuidado às famílias atingidas pelos alagamentos. A assistente social Raiama Franco, de Bento Gonçalves, relembra: “Receber as ligações com a dor de perder tudo, exigiu de nós algumas iniciativas. Não medimos esforços para auxiliar a todos, fizemos campanha na entidade de arrecadação de doações”.
Além disso, outras adaptações nos atendimentos foram realizadas, a fim de buscar os usuários, por meio de contatos pelo telefone, e prestar o apoio contínuo para aqueles que seguiam o seu tratamento oncológico. Em Porto Alegre, os grupos de apoio passaram a ser promovidos em formato on-line, a fim de ouvir e integrar os usuários e familiares.
Atendimentos crescem no Estado
Segundo o Serviço Social da Aapecan, de abril de 2023 a abril deste ano, houve um crescimento de 15% no número de usuários com cadastros ativos, somando 5.892 atendidos no Rio Grande do Sul.
Além disso, a demanda das famílias por Kits Alimentares aumentou em 58% junto com o número de refeições oferecidas nas Casas de Apoio. Até o fechamento desta edição, foram fornecidas 9.152 refeições para os usuários e seus acompanhantes, representando um aumento de 28% em comparação ao ano anterior.
Para ajudar a Associação a manter o atendimento às pessoas com Câncer, seja um contribuinte mensal. As doações podem ser realizadas em diferentes modalidades de forma acessível e segura. Consulte os telefones disponíveis na contracapa deste material.
Reportagem produzida para edição 51 do Informe Acreditar